Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

O que é?

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso, especificamente os neurônios motores, responsáveis por controlar os músculos voluntários. Com o tempo, a perda progressiva dessas células nervosas leva à fraqueza muscular, incapacidade e, eventualmente, à morte. O termo “amiotrófico” se refere à falta de nutrição dos músculos, “lateral” à área da medula espinhal afetada, e “esclerose” à rigidez da medula espinhal em estágios avançados da doença.

Epidemiologia

A ELA geralmente surge no final da meia-idade, com a média de diagnóstico por volta dos 50 anos, mas pode afetar tanto adultos jovens quanto idosos. Homens com menos de 65 a 70 anos têm uma leve propensão maior a desenvolver ELA em comparação às mulheres.

Causas da ELA

Na maioria dos casos, as causas exatas da ELA ainda são desconhecidas. Há teorias de que alguns indivíduos podem ter uma predisposição genética, mas desenvolvem a doença apenas após exposição a fatores ambientais. Tanto a ELA familiar quanto a esporádica podem ter origem genética, e pessoas com ELA esporádica podem portar mutações genéticas que podem ser transmitidas para seus descendentes.

Sinais e Sintomas

A ELA se manifesta em músculos que podem ficar atrofiados, fracos e flácidos ou rígidos e espásticos. Contrações musculares e cãibras são comuns. Inicialmente, os sintomas podem se concentrar em uma região do corpo, mas com o progresso da doença, mais áreas são afetadas. Quando os neurônios motores bulbares são atingidos, os músculos usados para falar e engolir são afetados.

Conforme a ELA avança, muitos músculos voluntários ficam paralisados. No entanto, músculos involuntários, como os que controlam o coração e o sistema digestivo, não são diretamente afetados, assim como a visão, audição e tato. A capacidade cognitiva geralmente não é afetada, embora cerca de 50% dos pacientes possam apresentar alterações cognitivas ou comportamentais.

Tratamento

Embora não exista cura, as intervenções médicas e tecnológicas têm melhorado significativamente a qualidade de vida dos pacientes com ELA, auxiliando na respiração, nutrição, mobilidade e comunicação. O manejo adequado dos sintomas e o uso de equipamentos médicos podem ajudar a prolongar a vida e trazer mais conforto no dia a dia.