Hemimelia Tibial

A hemimelia tibial é uma condição congênita caracterizada pelo subdesenvolvimento ou ausência total da tíbia, afetando também o compartimento medial da perna, tornozelo e pé. A fíbula, o outro osso da perna, está sempre presente, mas pode variar de normalmente formada a displásica. A hemimelia tibial pode ocorrer em uma ou ambas as pernas, sendo cerca de 30% dos casos bilaterais. Nos casos unilaterais, é comum haver uma diferença de comprimento entre as pernas.

Em alguns casos de hemimelia tibial, pode haver duplicação de partes do esqueleto do pé, o que é uma característica única dessa condição em comparação à hemimelia fibular, que geralmente não apresenta essa duplicação. A incidência dessa condição é rara, estimada em cerca de um em cada milhão de nascimentos, e pode estar associada a outras síndromes e malformações congênitas.

A classificação mais utilizada para a hemimelia tibial é a desenvolvida por Paley em 2015, que leva em consideração o tratamento e prognóstico, variando de casos em que a tíbia está subdesenvolvida, mas presente, até casos em que a tíbia está completamente ausente.

Tratamentos Cirúrgicos

O tratamento varia de acordo com a gravidade e tipo de hemimelia. Opções incluem desde amputações até reconstruções complexas. A boa notícia é que, com os avanços nas técnicas cirúrgicas, a reconstrução está se tornando cada vez mais comum no manejo da hemimelia tibial. Essas intervenções ortopédicas buscam preservar o máximo de funcionalidade possível, com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida à criança.

Em resumo, a abordagem da hemimelia tibial é individualizada, dependendo do grau de comprometimento, sempre com o objetivo de permitir o melhor desenvolvimento e mobilidade possível para a criança.