Síndrome de Down
A síndrome de Down é uma condição genética causada por uma anomalia no cromossomo 21. Essa síndrome pode afetar diversos sistemas do corpo, incluindo o coração, o cérebro, o sistema hormonal e o esqueleto. Grande parte das crianças com síndrome de Down apresenta algum tipo de atraso no desenvolvimento, além de características como hiperfrouxidão ligamentar, hipotonia muscular e baixa estatura.
Sintomas e Diagnóstico
Muitas crianças com síndrome de Down apresentam frouxidão nos ligamentos do pescoço, principalmente nas vértebras Atlas e Axis. Isso pode causar compressão da medula espinhal, resultando em fraqueza, dormência, falta de coordenação, mudanças na marcha, dificuldade para movimentar o pescoço e dores no pescoço ou cabeça. Em caso de suspeita desses sinais, é fundamental consultar um ortopedista pediátrico e evitar esportes de contato ou atividades de risco até a avaliação.
Instabilidade do Quadril
A articulação do quadril pode ser instável, levando a luxações, dor e fraqueza. O diagnóstico geralmente é feito por raio-X da pelve e quadris. Em alguns casos, tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem ser indicadas.
Instabilidade Patelar
A patela pode se deslocar da articulação do joelho devido à fraqueza muscular e frouxidão ligamentar. Isso dificulta a função do quadríceps, comprometendo a marcha. O diagnóstico é feito pelo exame físico e, eventualmente, por exames de imagem como raios-X ou ressonância magnética.
Pés
Crianças com síndrome de Down podem ter pés chatos, joanetes ou outras deformidades, o que pode causar dor e calosidades. O diagnóstico é feito por exame físico, e raramente são necessários exames de imagem.
Tratamento
O tratamento das crianças com síndrome de Down requer uma equipe multidisciplinar, incluindo ortopedistas pediátricos, fisioterapeutas, cardiologistas, entre outros. Em alguns casos, pode ser necessário o acompanhamento de um especialista em coluna.
Fisioterapia e Atividade Física
A fisioterapia é essencial para fortalecer a musculatura, melhorar o equilíbrio e a coordenação. Devido à alta prevalência de obesidade, é fundamental associar a atividade física a hábitos alimentares saudáveis, sempre respeitando as limitações cardíacas estabelecidas pelo cardiologista. Algumas crianças podem se beneficiar do uso de sapatos ortopédicos, órteses ou auxiliares de marcha para facilitar o caminhar e proporcionar maior conforto.
Cirurgia
Em casos mais graves de instabilidade no pescoço, pode ser necessária uma cirurgia para fusão de ossos da coluna cervical, a fim de manter o alinhamento e proteger a medula espinhal. Cirurgias ortopédicas nos quadris, joelhos ou pés também podem ser indicadas para corrigir hipermobilidade que afeta o conforto e a função da criança.
